sábado, 12 de agosto de 2017

Tenha Fé!



Não dá pra encontrar soluções, quando ainda mantemos nossa mente presa aos problemas.

Não dá pra encontrar saída, enquanto nos mantemos presos em nossos quartinhos secretos.

Não dá pra enxergar um futuro promissor, se teimamos em fechar os olhos para a esperança.

A vida não dá um pause, ou deixa de ser vivida, só porque desejamos viver algo diferente.

Que nossas mentes sejam libertas, que tenhamos coragem de enfrentar o desconhecido, que ousemos abrir os olhos e ver a verdade.

Que vivamos com mais gratidão, valorizando o que estamos vivendo como presente.

Que vivamos tão apaixonadamente que aquilo que desejamos chegue, como se tivéssemos vivido com a certeza de que o viveríamos.

Tenha fé!

Com amor,
Danny Noronha Ramos.
12/08/2017






sexta-feira, 12 de maio de 2017

DIA MUNDIAL DA FIBROMIALGIA



Eu não poderia deixar de falar sobre o dia de hoje.
Hoje não vi ninguém parabenizar o outro por estar vivo, não presenciei ninguém recebendo elogios por sorrir, nem ser aplaudido por levantar da cama, tomar banho frio, escovar os dentes e vestir roupas, não vi ninguém admirando outra pessoa por sair de casa e ir trabalhar...
São coisas comuns, tão simples, tão rotineiras, não são atos que costumam exigir tanto esforço, ou ao menos não costuma ser considerado algo grandioso e cheio de heroísmo. Na maioria das vezes fazemos quase sem perceber ou quase sem querer rsrsrs.
Mas, pra mim essas coisas são um grande desafio. Enquanto muitos ao meu redor reclamam por fazer hora extra, por não ter chuveiro elétrico, ficam de mau humor por alguém ter lhe dito algo que não queria ou não gostou, eu estou fazendo um esforço enorme para abraçar a dádiva de acordar mais um dia.
Hoje foi o último dia de um Curso de Formação de Multiplicadores – Educação para o Trânsito. Foi uma semana corrida, mas, muito proveitosa, amo desafios, amo aprender, eu fiquei muito feliz quando minha chefinha me escolheu pra representar nossa Creche no curso. Na noite de hoje foi o encerramento do curso, mas, no fim da tarde a síndrome fibromiálgica atacou como quis e eu, me rendi. Aprendi que pra vencer algumas batalhas você precisa aceitar alguns tempos de trégua.
Por um momento eu quis me entristecer, e quis comparar minha vida limitada a vida de outras pessoas que nem sabem o quanto são ilimitadas... Mas...
Parei de comparar minha vida com a vida das pessoas, para medir o quanto elas estavam sendo ingratas egoístas ou tolas, ao invés de comparar minha vida com a vida de outras pessoas comecei a comparar minha vida com a sobrevivência. O opositor da vida não é a morte, é a sobrevivência. A maioria das pessoas só passam pela vida, elas não estão vivendo de fato.
Que ironia passar por uma situação assim logo no dia Mundial da Fibromialgia, mas, não se engane este post não é para comemorar, pois ainda não há cura, nem tratamento cem por cento eficiente, em contra partida não é um dia de lamúrias ou um dia para a dó generalizada. Este é um dia para sensibilizar você sobre a existência da síndrome fibromiálgica, ela existe e seus pacientes sentem dores reais, não estão inventando ou fingindo, mais do que de sua compaixão, o portador desta síndrome precisa de respeito.
Viver é mais que suportar uma situação ou resistir a outras, viver é atuar ativamente em situações que valorizem a vida, que faça cada ato, cada segundo, cada encontro, cada oportunidade, por mais simples que ela ser o mais belo, o mais prazeroso, o mais feliz do seu dia.
Um encontro com alguém, um bom dia de quem ti faz bem, uma mensagem, um olhar, cada ato de um ser vivo pode ser um ato de uma vida bem vivida.
Então, Viva!!!
Danielly Noronha.

sábado, 14 de janeiro de 2017

Coração Bulímico


Somos privilegiados, somos a geração que conquistou a chance de manter contato com o maior número de pessoas possível. 
Amigos, família, colegas de trabalho, clientes e até astros do rock, celebridades, autores de livros preferidos, enfim, estamos bem perto daquilo que antes era tão distante e de difícil acesso.
Nas redes sociais, presente, passado e futuro se unem numa explosão de convivência que rompeu a barreira do tempo e espaço.
Quando eu era criança o máximo que eu conhecia e convivia era com a turma da rua de trás, alguns vizinhos, os coleguinhas da escola, e a família, e olhe lá.
Tínhamos poucas chances de estar junto de quem gostávamos, tínhamos menos oportunidades para estar em comunhão, para brincar, para conversar e declarar nossos sentimentos por quem amamos.
O bate papo tinha que esperar o almoço de domingo, as férias, os aniversários, casamentos, o futebol do fim de semana, as reuniões da escola, natal e feriados prolongados.
As chances de estar em contato com as pessoas eram pequenas, grande mesmo era a vontade de ter uma maneira de ficarmos juntos por mais tempo.
Pois bem, o tempo passou e o desenvolvimento da ciência, tecnologia e informação, e voilà , temos o advento da internet, a expansão das comunicações, transformação da telefonia, os celulares, as mensagens de texto,  o correio eletrônico, os smartphones, as redes sociais, as ligações de longa distância simplificadas, não existe mais um lugar longe demais que você não possa se conectar a outras pessoas a hora que desejar.
QUE MARAVILHA!!!
Deveríamos ser a geração mais feliz de todos os tempos.
Mas, porque será que isso não está acontecendo? Porque será que estamos sendo reconhecidos como a geração mais depressiva, mais egoísta e mais solitária? Porque é tão grande a facilidade para estarmos juntos e cada vez mais nos sentimos sozinhos? Porque o número de suicídios, de divórcios, de rompimentos e separações nos relacionamentos em geral, aumentou?
Por quê?
Eu criei um conceito: Não adianta ter fartura em contatos, se perdemos a sensibilidade. Temos mesa farta para os relacionamentos, mas, nosso coração é bulímico.
Temos todas as oportunidades do mundo de nos relacionarmos da melhor maneira possível, de sermos fartos de carinho, amor, atenção e companhia. Mas, adquirimos um distúrbio que chamo de “Bulimia Relacional”, caracterizo pela ingestão excessiva de relacionamentos, um sentimento de descontrole na administração dos mesmos, um aumento exagerado de apetite relacional; Bulimia dos relacionamentos é quando a pessoa ingere em excesso diversos tipos de relacionamentos com diversos tipos de personalidades diferentes, e depois induz o vômito.
O bulímico relacional vive a expansão das oportunidades dos relacionamentos, mas seu coração não acompanhou o processo.
São pessoas despreparadas pra relacionar, despreparadas para lidar com as diferenças, com o excesso de informação sobre o outro e até sobre si mesmo, essa geração do coração bulímico é muito boa em se fartar de uma grande quantidade de pessoas ao seu redor, mas, é incapaz de lidar com as consequências disso.
As vítimas de bulimia relacional vomitam seus relacionamentos com a mesma energia com que os conquistaram. Amigos estão se tornando inimigos, estranhos, familiares estão hoje mais distantes do que antes, os amores, não passam de status num perfil on line de uma geração que está definhando, perdendo para si mesma. Fartas em oportunidades, mas com ânsia de vomitar o que tanto desejou.
Precisa-se de equilíbrio emocional, urgente! O problema não está na quantidade e nem na qualidade de relacionamentos que temos, o problema é não estamos permitindo que eles nos nutram, não sabemos extrair deles os nutrientes necessários para fortalecer a saúde dos mesmos, estamos simplesmente abrindo mão das relações por medo, e isso, adivinha?! Só faz mal pra você mesmo.

Danny Noronha Ramos
14 de janeiro de 2017.






quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Era mais simples viver...


Eu gosto muito de coisas simples, quem não gosta?!

Folhear um álbum de fotografias, ver retratos tirados naturalmente, capturando momentos que a mente as vezes não consegue guardar.

A memória nem percebe que esqueceu, até ver a cena outra vez no retrato. Uma foto, cabe uma história inteira de vidas.

Gosto de "textão", mas prefiro escrevê-los num papel de carta, assinar "com carinho", fazendo promessas de reencontro.  

Lacrar o envelope e enviar, contar os dias e as horas para chegar, enquanto isso sonhar com o sorriso que entrega vai causar. 

Admirar cada detalhe, a cor do papel, a dobradura, o cheiro, a letra,  a forma como o amor usou palavras para se eternizar, e a cada leitura, de novo, nos fazer suspirar.

Destinatário feliz, é sinal de resposta feliz, porque houve um tempo em que não se temia demonstrar amar. 

Os dedos conduziam o passo, marcado no compasso do coração, tatuado no papel com tinta de uma caneta.

Eu ainda prefiro deixar um coração desenhado no vapor do espelho do banheiro, colocar bilhetes escondidos pela casa, roupa, mochila, bolsa e até na geladeira.

Ainda prefiro a companhia de um tabuleiro que trás ao redor mais gente, jogadores, parceiros.

Sem a gente perceber dentro de uma caixa de papel com regras de um jogo existiam mais vidas unidas, nos ensinando a mais valiosa regra da vida, a convivência, a comunhão, disputas e diferenças iam embora no final do futebol de botão.

Era mais simples viver, e por mais simples que fosse, tornava-se incrível.

Nas desventuras aprendiamos a perdoar e no dia seguinte estávamos juntos a jogar, brincar, correr, pular, viver.

E nas aventuras, ah!  As aventuras, corrida de bicicleta, soltar pipa, imitar dancinhas ridículas de grupos musicais, fugir da bolada, se esconder e vencer, subir e descer, escalar árvores e sentir o gosto das primeiras conquistas, sentar na calçada da esquina, quartel general da rua, dividir histórias sombrias, ter medo, e mesmo assim querer tudo de novo na noite seguinte, éramos mais corajosos, mais audaciosos, éramos mais, porque não éramos tão sós.

Quando o mais fraco precisava de ajuda, ele não era excluído, simplesmente recebia o título de "café com leite".

Os pequenos deleites de uma vida rica, café com leite, banho com sabonete, travesseiro na hora de dormir, com a coberta vem abraço e beijo e pra ter certeza de um novo dia que ainda não veio era só pedir a benção dos pais e dormir em paz.

Ainda prefiro folhear as páginas do álbum de fotografias , deixar rolar memórias e histórias , escrever tudo que sinto, demonstrar com tudo o que posso, jogar, brincar, se aventurar, mesmo consciente de viver em um mundo com tantas desventuras.

Crer no poder, de cura para toda agrura, abraço bem apertado, rosto colado, voto de felicidade selado com amor e amizade.

Que privilégio viver. isso é dom, com certeza.

Isso é a vida, isso riqueza, isso sim é herança, é  nobreza. 

Danny Ramos
08 /11/ 2016

Sendo feliz com quase nada

Eu conheço muitas dores, em muitos tons e cores Algumas dores nos fazem parar por um instante Colorem nosso azul em vermelho sangue Outras n...